domingo, 15 de julho de 2012

Pena Branca e Xavantinho

Na lida dura da roça Pena Branca e Xavantinho aprenderam a apreciar a "Música Caipira" a tal da moda da viola ainda na infância; sem imaginar que no futuro não tão distante iriam pisar nos palcos do Brasil mostrando a beleza da poesia inserida nas composições cantadas por eles.

Hoje vamos falar da dupla Pena Branca e Xavantinho que tem uma importância muito grande no cenário musical brasileiro.

 Dupla sertaneja formada pelos irmãos José Ramiro Sobrinho, o Pena Branca e Ranulfo Ramiro da Silva, o Xavantinho. Pena Branca nasceu em Igarapava, em 1939, e viveu boa parte da vida na cidade mineira de Uberlândia. Ranulfo Ramiro da Silva, o Xavantinho, era seu irmão e nasceu em Uberlândia em 1942. Em 1958 eles começaram a cantar, apresentando-se em uma rádio de Uberlândia. Mudaram-se para São Paulo para tentar a vida artística em 1968. Com o tempo, Pena Branca e Xavantinho tornaram-se exemplos da música sertaneja caipira, considerada "de raiz", em relação à música sertaneja com influências country que se popularizou nos anos 90.

Em 1980, Pena Branca e Xavantinho se inscreveram em um festival da TV Globo com a música Que Terreiro é Esse? e chegaram à final. Também nesse ano, a dupla lançou o disco Velha Morada, com músicas como Cio da Terra, composta por Milton Nascimento e Chico Buarque, e Calix Bento, além da canção finalista no festival. Durante a carreira, gravaram com nomes como Milton Nascimento, Rolando Boldrin, Fagner e Almir Sater, entre outros. Em 1990, conquistaram o Prêmio Sharp de melhor música interpretando Casa de Barro, de Xavantinho e Moniz, e melhor disco, com Cantado do Mundo Afora. Em 1992, o disco Ao Vivo em Tatuí, com Ricardo Teixeira, ganhou o Prêmio Sharp de melhor disco.

Nos anos 90, a dupla iniciou shows internacionais, tocando em lugares como os Estados Unidos. Com a morte de Xavantinho, em 1999, Pena Branca continuou em carreira solo.
 Em 2001, o músico recebeu o Grammy Latino de Melhor Disco Sertanejo com o álbum Semente Caipira, gravado com o grupo Viola de Nóis. O último trabalho de Pena Branca foi Cantar Caipira, de 2008. Em fevereiro de 2010 aos 70 Pena Branca nos deixou.

Com um trabalho voltado para a valorização do homem do campo, essa dupla conquistou desde o público de exposições agropecuárias até platéias de casas noturnas sofisticadas. De norte a sul do país, tocaram os corações brasileiros ao resgatar nossas raízes culturais e ao denunciar o sofrimento do povo por meio de letras corajosas e interpretações tocantes.